segunda-feira, 6 de março de 2006

Muito talento, pouco reconhecimento - Parte 1

No outro blog que eu tinha fiz uma lista comentada de atores que, apesar de extremamente talentosos, não têm seu trabalho justamente valorizado. Vou transcrever estes posts aos poucos e, felizmente, um desses atores vai sair da lista. Explico: acabei de assistir à cerimônia de entrega dos oscars. Coisas que gostei:

- O prêmio de melhor ator para Philip Seymour Hoffman - excelente ator que finalmente ganha o merecido reconhecimento, saindo, portanto, da minha lista. E olha que todos os outros concorrentes também mereciam a estatueta.

- O prêmio de melhor filme para "Crash"- que foi uma agradável surpresa. Nada contra o favorito "Brokeback Mountain", mas por lidar com o tema do racismo, "Crash" me conquistou.

- Rachel Weisz como melhor atriz coadjuvante para "O Jardineiro Fiel" - afinal, o diretor é brasileiro.


O que não gostei:

- Ang Lee levar o de melhor diretor ("Brokeback Mountain"). O diretor é o principal responsável pela qualidade do filme. Se o filme é considerado o melhor, obviamente o diretor também deveria. É incoerente, não faz sentido para mim.

- O prêmio de melhor atriz para Reese Witherspoon ("Walk the Line"). Não vou com a cara dela e ela fez "Legalmente Loura" 1 e 2! Torcia para Felicity Huffman (que trabalha na série "Desperate Housewives") que tem um papel bem mais difícil em "Transamerica" - um homem que quer mudar de sexo.

- "Paradise Now" não ganhar o prêmio de filme estrangeiro. Deve ser coisa de lobby de judeu em Hollywood. Detalhe: eu sou judeu

- O documentário sobre o escândalo da Enron perder para o filme fofinho dos pinguins ("A marcha do Imperador").



Mas o objetivo inicial deste post não é nada disso. Agora sim, vamos ao que interessa:

William H. Macy: esse já atuou em quase 80 produções, e uma ponta em A Era do Rádio (um Woody Allen bem simpático) foi um de seus primeiros trabalhos. Em geral é uma espécie de "loser" nos filmes, a personificação do fracasso na competitiva sociedade americana. Assim são seus papéis em Magnolia, Boogie Nights (não é coincidência esses filmes aparecerem de novo: o elenco deles é impecável) Fargo e na refilmagem de Psicose. Excelente ator, trabalhou também em As Coisas Mudam (elegante filme de mafiosos), Mera Coincidência (comédia política com Robert de Niro e Dustin Hoffman engraçadíssima e cada vez mais atual), Seabiscuit e The Cooler (este último é razoável) entre outros menos cotados.

Um comentário:

penaboca disse...

Concordo, tbm não vou com a cara da Reese Witherspoon. Namoradinha da américa é foda! E aquela pose de cinderela subindo no castelo, quando foi receber o Oscar!! Segurou o vestidinho como se fosse a princesinha na plantação de morangos. rsss Eu queria estar lá na hora, com uma bela escopeta Charles Bronson nas mãos!! ahh Depois daquele clássico "clec clec", eu ia fazer ela pular igual a um marreco com gripe do frango!! hehheeee Agora de boa, o Oscar de melhor atriz quase sempre é um fiasco! Que dia, quando e onde que Julia Roberts é atriz? Não convidaria ela nem pra fazer uma ponta de mulher futil no meu curta metagem tupiniquim! : ) Venenos à parte, tem gente que gosta..