quarta-feira, 30 de maio de 2007

Bubba Ho-tep

JFK não morreu. Elvis não morreu. Ambos estão em um asilo perdido no interior dos EUA. E até pouco tempo atrás levavam uma vidinha bem pacata, quando de repente surge uma múmia do antigo Egito para roubar suas almas. Então eles se unem para enfrentá-la. E dá-lhe sanguinolência!
Isso é que é um argumento bacana. Inexplicavelmente, as distribuidoras de filmes nos privaram totalmente dessa jóia rara da cultura pop, estrelada por Bruce Campbell, de Evil Dead. Bubba Ho-tep é de 2002 e já nasceu cult. Vejo no fato dos brasileiros estarem impedidos de vê-lo uma conspiração arquitetada pelo PT para nos esconder a verdade. Estou organizando uma caravana para Brasília a fim de denunciar a volta da censura.

Arquitetura do esquecimento

Casa onde o Tim Burton foi criado (brincadeira, mas não é a cara dele?)


Esqueceram onde é


Huber Coal Breaker, Ashley, EUA


Tour Florentine, Aisne, França


quinta-feira, 24 de maio de 2007

Horse with no name

Certas coisas que gostamos muito deveriam ficar sempre sob uma aura de mistério. Uma vez que as conhecemos mais profundamente, além do clima misterioso desaparecer, podemos descobrir algo desabonador que as tire do pedestal onde as colocamos. (Atenção, leitora, estou me referindo a coisas, nada a ver com pessoas).

Sempre gostei daquele grupo America. Não entendia porque nunca estava nas listas de favoritos de músicos famosos ou da crítica. Ok, o som é totalmente podicrê, summer of love, hippies e miçangas. Mas me transmite tanta paz e tranquilidade que não importa o fato de ser uma banda de quase 40 anos atrás bastante desprezada. Essa música em particular me transportava para jornadas lisérgicas de auto-conhecimento, Castañeda, o idealismo de uma geração que se perdeu. The ocean is a desert with its life underground... que verso lindo! Tão lindo que resolvi fazer um post sobre Horse with....

Aí que a porca torce o rabo. Pesquisando na web, descobri que a princípio a música foi banida de algumas rádios - o "horse" seria uma referência à heroína - o que só a tornou mais popular. Apesar do estrondoso sucesso, muita gente acusou o vocalista e letrista Dewey Bunnell de ter praticamente copiado a canção Heart of Gold, do Neil Young. De fato, são bem semelhantes. E como se não bastasse tudo isso, a letra é considerada banal e primária. Um comediante disse que ela foi escrita por um adolescente que tomou um lsd falso e acha que está muito doido. Outro cara gozou do título: "você está no deserto, completamente à toa, nada pra fazer; podia ao menos dar um nome pro maldito cavalo!"

Warrior and a horse with no name (Rance Hood)


On the first part of the journey
I was looking at all the life
There were plants and birds and rocks and things
There was sand and hills and rings
The first thing I met was a fly with a buzz
And the sky with no clouds
The heat was hot and the ground was dry
But the air was full of sound

I've been through the desert on a horse with no name
It felt good to be out of the rain
In the desert you can remember your name
'Cause there ain't no one for to give you no pain
La, la ...

After two days in the desert sun
My skin began to turn red
After three days in the desert fun
I was looking at a river bed
And the story it told of a river that flowed
Made me sad to think it was dead

You see I've been through the desert on a horse with no name
It felt good to be out of the rain
In the desert you can remember your name
'Cause there ain't no one for to give you no pain
La, la ...

After nine days I let the horse run free
'Cause the desert had turned to sea
There were plants and birds and rocks and things
there was sand and hills and rings
The ocean is a desert with it's life underground
And a perfect disguise above
Under the cities lies a heart made of ground
But the humans will give no love

You see I've been through the desert on a horse with no name
It felt good to be out of the rain
In the desert you can remember your name
'Cause there ain't no one for to give you no pain
La, la ...


Pouco importa o que dizem: todo mundo tem uma playlist de canções que marcaram suas vidas. Essa vai sempre falar de um período de vivências intensas, pleno de novas experiências e sentimentos transbordantes que eu não compreendia. Tempo de dar um nome a meu cavalo, algo que até hoje não consegui fazer.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Certeza

De tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...

Portanto devemos:
Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro...


Fernando Sabino

Amanhecer

Venice Twilight (1908) Claude Monet


(Para você)

Levanta a cortina dos teus olhos
Contempla a maravilha do amanhecer
A vida é uma criança,
esperta, bonita, inteligente
Passa correndo, é preciso ver
Acredita, enquanto há tempo:
não existe dor sem alento
nem tristeza tão longe da alegria
quando a luz de cada dia,
acende a vida,
iluminando o amanhecer
Não vacila, toma posse
da imensa alegria de viver.

Ivone Boechat

sábado, 12 de maio de 2007

"You want the truth? You can´t handle the truth"

Figura 7, por Jasper Johns (1969)

"Guerras, política e poder sempre estiveram de braços dados.
Disso não temos dúvidas.
Quanto a mim, penso que há muito mais sob os tapetes do que qualquer documentário possa trazer à tona.
O que é uma lástima, porque a verdade deveria ser clara a todos.
Isso é utopia pura. De fato é."

Transcrevo o comentário do post passado porque me suscitou umas perguntas. Será que as pessoas estão realmente adquirindo uma nova consciência sobre seu papel em seu destino e no da Humanidade? Há camadas e camadas de sujeira sob os tapetes, revelações sobre a natureza humana que são reflexo do nosso lado bestial, primitivo, egoísta, predatório; do que com nossos esforços em nos identificarmos como seres racionais, cultos, compassivos, enfim, humanos. A verdade é inclemente e cruel, como bem disse Huxley: "You shall know the truth and the truth shall make you mad."

A frase do título do post tornou-se sintomaticamente um ícone da cultura pop: originalmente uma fala de um filme militarista ou pseudo-pacifista (que diferença faz?) com o cretino do Tom Cruise, Demi Moore e outros fuderengos, foi citada nos Simpsons e em vários outros produtos menos cotados.

Utopia pura, talvez a mais inatingível delas. Mas apesar disso, ou por causa disso, exerce um fascínio inegável sobre mim - e certamente sobre minha interlocutora, algo como um amor impossível de histórias tristes, como Romeo e Julieta. Talvez haja duas verdades: a humana, execrável até agora...mas há outra, mais próxima que percebemos... A verdade suprema que abre as portas da percepção, daí contemplamos o Infinito. Thanks, Blake.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Razões para a Guerra

Blowback: termo usado para descrever as consequências negativas resultantes de operações da CIA, geralmente em países cujas relações com os EUA estão estremecidas. Obviamente, blowbacks são sempre mantidos em segredo a qualquer custo para não desgastar a imagem do governo norte-americano. Dessa forma, quando governos ou organizações que foram objeto desses ataques dissimulados se vingam, atacando alvos ianques, a opinião pública americana sente-se injustamente perseguida, perguntando-se porque seu país é tão odiado.
Exemplo: os ataques de 11 de setembro.

Acabei de assistir um documentário sensacional, Razões para a Guerra (Why we Fight). Não trás nenhuma informação bombástica que já não sabíamos previamente, à primeira vista é apenas mais uma voz do coro mundial contra Bush. No entanto, a forma como articula diversos fatos sobre a indústria bélica norte-americana e sua relação com o Estado fornece uma explicação definitiva sobre os motivos que levaram os EUA a se auto-proclamarem o Império Romano dos nossos dias.

O documentário chama a atenção para uma anomalia que passou despercebida na cobertura da mídia sobre o ataque às torres gêmeas. O ódio e a indignação eram tamanhos que ninguém investigou a fundo sobre os verdadeiros motivos que levaram os radicais islâmicos a perpetrarem atentados tão bárbaros. A mídia, afinada com o governo, tratou de simplificar ao máximo a questão: atacaram porque são bárbaros primitivos inimigos da liberdade e democracia. Então tá. Os americanos engoliram essa retórica maniqueísta do jeitinho que Bush queria. Amedrontados, tornaram-se facilmente manipuláveis. O mesmo discurso foi usado para justificar a guerra no Iraque, depois que descobriu-se que Bush sempre soube que Saddam não tinha armas de destruição em massa. Se Saddam era tão nocivo à ordem mundial, como se explica o apoio que recebeu dos EUA na guerra contra o Irã de Khomeini? Se Bin Laden era aquele monstro que pintaram, que diabos os americanos faziam ajudando-o na guerra do Afeganistão?

Uma das "verdades" inquestionáveis sobre a participação dos EUA na Segunda Guerra é que se o Presidente Truman não tivesse jogado as bombas atômicas, o combate se estenderia por muito mais tempo e centenas de milhares de soldados americanos morreriam até o Japão se render. Será que a rendição estava tão distante assim, mesmo com seus parceiros do Eixo já tendo capitulado? Hoje há indícios que levam a crer que as bombas foram usadas como uma espécie de recado para o mundo inteiro, sobretudo para a URSS de Stálin: há uma nova liderança mundial indiscutível, os EUA.

O fato é que guerras podem ser extremamente lucrativas e a demanda maciça por artefatos bélicos durante a guerra tinha que continuar nas décadas seguintes. Criou-se um círculo vicioso: o complexo industrial militar cresceu de forma assustadora, de modo que tornou-se um grande financiador de campanhas políticas para manter seu status. E os políticos perceberam que se encontrassem formas de manter a demanda por armamentos em ascensão todos sairiam ganhando (todos os americanos, somente eles, é claro). A economia se manteria aquecida, trazendo prosperidade para a população, os políticos teriam recursos enormes para suas campanhas e o tal complexo ganharia tamanha importância que, se sua produção caísse, toda a economia do país sentiria o impacto.

Assim, a guerra fria caiu como uma luva nesse contexto. A desculpa era zelar pela democracia e liberdade lutando contra a ameaça comunista onde quer que ela existisse. Os motivos reais eram inventar razões para o gigantismo das forças armadas e criar e manter mercados para alimentar o sistema capitalista. Mas o comunismo entrou em colapso, era preciso encontrar novos inimigos.

A guerra no Iraque não é um evento isolado: em todos os governos americanos, sobretudo no pós-guerra, houve intervenções militares em outros países. Apenas um dia depois do 9/11, a cúpula de Bush já estudava a invasão do Iraque a fim de assegurar o fornecimento de petróleo a baixos custos. Ironicamente, os EUA se tornaram reféns das forças que supostamente deveriam defendê-los. O orçamento para a defesa é maior que todas as outras áreas somadas. Só para ilustrar: o dinheiro empregado para construir apenas um destróier é suficiente para criar moradias para 8.000 pessoas. Com um preço de um avião bombardeiro pode-se construir 30 escolas. O vice de Bush, Dick Cheney sempre esteve ligado a uma megacorporação que inclui a manufatura de produtos bélicos, a Halliburton. Aliás, o patrimônio de Cheney era de US$ 1 milhão quando ganhou as eleições. Em 5 anos passou para US$ 60 milhões.

Usando uma metáfora bem desgastada, mas nem por isso irreal, os EUA são o Dr. Frankenstein e o complexo industrial militar a criatura que ficou forte demais e fugiu do seu controle. Hoje em dia as guerras são um fim em si mesmas. Difícil imaginar algo tão perversamente insano.

quarta-feira, 9 de maio de 2007

Surrealismo - Kay Sage

I saw 3 cities (1944) Kay Sage

Paisagens desoladas, vazios, solidão... as sensações iniciais que as obras dessa pintora norte-americana transmitem podem não agradar a muitos. Mas há também um lado onírico que denota uma mente muito livre para explorar o novo, o incomum, ignorando barreiras e convenções.

The Ribbon of Extremes (1932) Yves Tanguy

Nascida em 1.898 em Albany, segunda filha de uma próspera família burguesa, Sage levou uma vida cigana, vagando pela Europa até que, aos 26 anos, conheceu um italiano de ascendência nobre.

The Fourteen Daggers (1942) Sage

Os dez anos que se seguiram foram definidos por ela como um "pântano estagnado". Entediada, separou-se e mudou para Paris, onde fez amizade com vários pintores de um movimento que estava nascendo. Os surrealistas, contudo, a tratavam com certa reserva, mais por sua ligação com a nobreza do que pelo fato de ser mulher.

Indefinite Divisibility (1942) Tanguy

Em 37 conheceu seu segundo marido, Yves Tanguy. Com a Segunda Guerra, ajudou não só ele como vários outros artistas a imigrarem para os EUA. Adquiriram uma propriedade rural onde passaram o resto de suas vidas. Contudo, a morte de Tanguy em 55 afetou-a profundamente, seus escritos tornaram-se cínicos e amargos, as pinturas careciam de inspiração. Após uma tentativa mal-sucedida, cometeu suicídio em 63.

Danger, Construction Ahead (1940) Sage

Os críticos tendem a comparar sua obra com a do marido, questionando sua originalidade e reduzindo-a à sombra de Tanguy. De fato, ambos abusavam das paisagens e formas surrealistas, mas um exame isento mostra o quanto são diferentes. Compare você mesmo e tire suas conclusões:

Reply to Red (1943) Tanguy

Tomorrow is Never (1955) Sage


Ragnarök (e outras escatologias)

Já publiquei diversos posts sobre mitologia egípcia e achava ótimo, aprendi muita coisa. Esse assunto não faz parte do currículo escolar, o que é um grande erro. Por trás de seu anacronismo e total ausência de base científica, (a ciência, ao contrário do que muitos pensam, não é uma Deusa que determina o que é e não é verdadeiro ou relevante) os mitos são os registros que mais se aproximam do mistério que ainda é nosso passado. São lendas atemporais, universais, plenas de símbolos cujo significado poderia responder questões que fogem a uma interpretação racionalista.

Enquanto pesquisava o assunto na web deparei-me com a fascinante Mitologia Nórdica. O que me chamou a atenção foi o termo "Ragnarök", nome de uma banda de garagem de BH cujo significado nunca descobri. Vou começar com ela. Mas se digitar o termo no google vai ver que para o cyberespaço, Ragnarok é um jogo. Tsc, tsc.

Mitologia Nórdica (ou Escandinava) é o nome que se dá à religião, crenças e lendas pré-cristãs dos povos que habitavam a Islândia, Noruega, Suécia e Dinamarca - a Finlândia é tida como um país báltico. Tem muitos pontos em comum com os mitos Germânicos e Anglo-Saxões. Foi transmitida em forma de versos oralmente através dos séculos até ganhar um registro escrito no século XIII com o Edda, épico oriundo da Islândia. Hoje em dia é tão vital para a identidade cultural desses povos que um novo movimento religioso, o Ásatrú, está sendo formado para reviver o paganismo nórdico. Mais um indício que atesta o quão profundo e generalizado está essa carência espiritual das pessoas em todo o mundo. Mas não é disso que quero falar, não hoje.

Ragnarök é a batalha do fim dos tempos, equivalente ao nosso Apocalipse cristão. Significa "destino dos Deuses". De um lado teremos o Aesir, o panteão que reúne todos os Deuses nórdicos, liderados por Odin; do outro, as forças do caos, gigantes monstruosos, unidos pela intrigante figura de Loki. Estou vendo que pra contar essa história direito, antes vou ter que contar outras. Por enquanto vale dizer que o dia que Ragarök acontecer será o fim não apenas da Terra, mas de todo o Universo. Interessante notar também que o tal Aesir sempre esteve ciente dessa tragédia, e que são impotentes para evitá-la. Mesmo assim, vão corajosamente enfrentar seu destino. Estudiosos do assunto acreditam que aí reside uma crença de que o mundo organizado e ordenado fatalmente e inevitavelmente sucumbirá à entropia, ao caos. Sem querer dar uma de arauto da destruição, mas será que isso já não está rolando? Pode-se encontrar similaridades na mitologia grega - as crianças horrendas de Urano - e na babilônica - Tiamat, a Deusa da Criação dá luz a monstruosidades como homens-escorpião e sereias. Involuntariamente esse post tá mudando de assunto...

Relatos sobre o fim do mundo como o conhecemos são tão onipresentes que ganharam até um nome: escatologia. (Até hoje não sabia o significado dessa palavra, achava que tinha a ver com umas coisas bem porcas.) Ela é parte de narrativas sagradas das religiões mais importantes do planeta. As monoteístas ocidentais invariavelmente mencionam um evento onde seus adeptos mais valorosos serão escolhidos para serem alçados a uma espécie de paraíso, enquanto os outros serão submetidos à fúria divina. Cristãos, judeus, muçulmanos, todos aguardam o retorno do Messias e o dia do Julgamento Final. Os hindus também acreditam que o mundo entrará numa espiral de caos e degradação, o Kali Yuga; mas o décimo avatar surgirá como manifestação divina e com sua espada de fogo vai restabelecer a ordem e a mente das pessoas se tornará transparente como o cristal. Já o budismo... outro dia falo do budismo. Mas que essa coisa de esperar o Messias é uma grande perda de tempo, isso é. Não seria essa uma forma de transferir a responsabilidade de transformar o mundo em um lugar melhor a entidades sobre-humanas, tão perfeitas que só existem no âmbito mitológico? Uma confissão de nossa incapacidade de superarmos nossas fraquezas?

P.S.: viram o fantástico domingo passado? Horas depois de eu escrever sobre a Witness, a ONG do Peter Gabriel, ela foi objeto de uma matéria do programa da globo. Odeio o fantástico, mas não posso negar que achei a coincidência bacana.

domingo, 6 de maio de 2007

Bolas de cristal

O que acontece quando video games se unem à web2.0? Quando o mundo virtual se junta a mapas geoespaciais do planeta? Quando simulações tornam-se reais e o mundo dos negócios vira virtual? Quando você usa uma Terra virtual para navegar a Terra física e seu avatar torna-se mais importante que sua própria identidade no mundo real?

A revista Rolling Stone (edição brasileira) de abril traz uma reportagem sobre sites de alto nível que especulam, de forma bem embasada, sobre o futuro do planeta e da raça humana. São sites extensos, portanto não vou me aprofundar em detalhes. Mas cada um merece uma visita demorada. Pena que sejam todos em inglês:

http://accelerating.org/
Subsidiária de um grupo de pesquisa futurista de Los Angeles que reúne diversos fóruns de discussão (future salons) onde são debatidas inovações e tendências na economia, sociedade, tecnologia e ciência. Há também o Metaverse Roadmap, uma pesquisa sobre nosso próximo salto tecnológico: internet em 3 dimensões.

http://www.worldchanging.com/
Site voltado para ecologia e meio ambiente, muito informativo. Saca só essa citação:
"O que compramos e usamos, mantemos e jogamos fora, o que desperdiçamos e conservamos: a tralha em torno de nós indica que tipo de vida levamos. Ser um cidadão próspero do século XXI é como flutuar num oceano de objetos - cada um com sua história e futuro. Podem estar fora de nosso campo de visão, mas em termos práticos globais, essas histórias e futuros têm um papel fundamental na conservação do meio ambiente."

http://www.ted.com/
Conferência anual sobre Tecnologia, Entretenimento e Design (TED) que reúne verdadeiras sumidades de diversos campos de conhecimento para realizarem palestras e debates. Explore o site escolhendo um tema ou palestrante: Bono chama a atenção para a miséria na África, Bill Clinton expõe seu projeto de implantação de um sistema de saúde em Ruanda, Peter Gabriel fala da Witness, a ONG que criou cujo objetivo é distribuir câmeras digitais a pessoas comuns em lugares conturbados a fim de denunciar abusos e injustiças. Este site deve ser obrigatoriamente visitado

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Saisons

Gismonda (1894)


Anúncio dos cigarros Job (1896)

Esse post ia ficar bem sucinto, sem comentário algum, sem sequer o autor do painel abaixo, não fosse o comment de quem talvez seja minha única leitora atual. Para saciar sua curiosidade voltei à página que descobri através do Stumble e acabei entrando num site sensacional sobre História da Arte. Obrigado, Lid.

Quatre Saisons (1895)

Alphonse
Mucha (1860-1939): artista tcheco, um dos maiores expoentes do Art Nouveau, estilo que predominou na França a partir de 1880 e atingiu seu ápice na Exposição Universal de Paris em 1900. Mucha não era exatamente um pintor, na verdade era publicitário, mas também se destacava como designer de jóias e cenógrafo. Em todas as suas obras fica patente o traço curvilíneo e harmônico, explorando diferentes materiais e com forte inspiração na natureza que marcaram o Art Nouveau. Bons tempos onde criações tão detalhadas e bem trabalhadas eram vistas como simples peças publicitárias. Por incrível que pareça, devido a sua exagerada comercialização e massificação,
o estilo logo tornou-se démodé. O público de então era mais exigente. Compare com a "arte" da propaganda atual. É até covardia...

Peça publicitária da champanhe Moet et Chandon (1889)

Gostei tanto desse cara que resolvi postar outros "anúncios" que criou. Ainda ficaram de fora obras belíssimas. Se gostou tanto quanto eu, visite o Mucha Museum:
http://www.mucha-museum.co.jp/index_e.html

Muse (1920)

Grandes Enigmas da Humanidade - Parte 5 - A Ponte de Rama

A Ponte de Rama, também conhecida como Ponte de Adão (Adam´s Bridge), é uma estreita faixa submersa de terra calcária que num passado remoto ligava a ilha de Mannar, noroeste do Sri Lanka, a Rameswaram, na costa sudeste da Índia. Seu formato e composição levam a crer que não se trata de um acidente geográfico natural. Tem 48 km de comprimento e consta que até o século XV ainda estava totalmente acima do nível do mar, quando um ciclone a submergiu. Mesmo assim, o mar é incrivelmente raso em suas imediações, tornando a navegação bastante perigosa na área. O governo indiano quer implantar um megaprojeto arquitetônico que visa dragar essas partes mais rasas, criando um canal seguro para os navios, mas também destruindo a ponte. A opinião pública já se mobilizou opondo-se à obra com a criação do movimento Ram Karmabhoomi.O simples fato de ser uma construção humana com tais dimensões já é motivo de admiração. E se disser que alguns arqueólogos renomados afirmam que ela data de 1,75 milhão de anos? Esse dado é polêmico, outros especialistas sustentam que ela não tem mais de 3.500 anos. Mas vamos supor que a primeira estimativa esteja correta. A milenar narrativa épica hindu Ramayana relata lendas que teriam acontecido na era tredha yuga, que coincide com a suposta idade da estrutura. Aliás, o épico menciona uma ponte que foi construída a mando do Rei Rama. Ela teria possibilitado que ele chegasse ao Sri Lanka e resgatasse sua esposa Sita das garras do Rei-Demônio Ravana, Soberano da ilha.

Vista aérea da Ponte de Rama

A ponte seria então uma evidência de que os fatos narrados no Ramayana realmente ocorreram? Boa pergunta.