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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

3 Citações

... e aqueles que foram vistos dançando foram julgados como loucos pelos que não conseguiam ouvir a música. Nietzche


Sua única obrigação na vida é ser fiel a si mesmo. Richard Bach

Não ande na minha frente porque posso não segui-lo
Não ande atrás de mim porque posso não liderar
Apenas ande do meu lado e seja meu amigo. Albert Camus

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Manuscrito encontrado sob um colchão de Hospital Psiquiátrico - Quatro

10/6/09

Alvorada. "Acorda, patativa, e vem cantar". Ou dançar. Há pessoas que passam a vida inteira sem dançar, como ele. Ainda não está livre o suficiente para tanto. Um dia estará, ele sonha. Certamente nunca mais seria chamado de "patativa" depois que sua mulher se fora, muito menos daquele jeito cheio de alegria típico dela. E aquilo o fez chorar. Primeiro una fortiva lacrima, ainda às 4 e poucas. Depois nesse momento, às 5:37 a.m. Ela se fora como um anjo que abre mão de sua vida para salvar a de outro. Ele tem vontade de pedir perdão, "me perdoa,
sugar". Mas ela não está ali. A não ser que tenha virado uma canção, como na música do China. Assim ela não morreria nunca. Pensar aquilo lhe dá um certo conforto.
Como um combatente num filme velho de guerra com Frank Sinatra e Dean Martin ele ainda tem vontade de dizer a ela que vai honrar sua morte vivendo uma vida digna. Céus, hoje, sob a guarda de Jorge e a de Deus todo poderoso, o cara acordou sensível, sem saber se aquilo era uma benção ou maldição, provavelmente os dois. E resolve pensar na África, onde todos riem, cantam e dançam apesar da miséria. O programa de tv que assiste entrevista um sociólogo francês casado com uma africana. A pobreza não contamina suas almas. O cara quer escrever sobre pessoas. Como elas são. Porque Bogart disse em Casablanca que fulano de tal ser bêbado, ou estar sempre bêbado o fazia uma criatura do mundo? Não inglês, alemão, peruano ou mundano, mas do Mundo

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Manuscrito encontrado sob um colchão de Hospital Psiquiátrico - Três

Terceiro capítulo, comece no Um. Ou não.

A linha de raciocínio mais uma vez é interrompida. Stan, o dj, entra no quarto pedindo biscoito e relata uma fuga dos internos. O homem fica inquieto, quer saber quem fugiu, pois teme que o amigo Celinho esteja entre eles. Toma café com leite, fuma um carlton, vai até a "times square" (o corredor anexo à enfermaria, ganhou esse nome porque ali o tempo nunca parecia passar). Do seu lado aparece um interno visivelmente noiado. O homem volta pro quarto e liga a tv: comédia romântica com Ben Stiller. Porcaria. O personagem de nome Sr. Pfeffer, numa dessas raríssimas falas memoráveis nos filmes atuais, diz que a vida não é sobre o que foi ou deixou de ser feito, se você já foi grande ou tem planos mirabolantes; o que importa é a própria jornada, pelo amor de Deus! E que se algo bacana te acontecer no caminho, por favor esteja presente e desfrute o momento. Enquanto isso, não leve as coisas tão a sério, procure se divertir. Ele diz isso tudo pro cara que é um ator fracassado. Qual o nome dele mesmo? Ah, sim, Philip Seymour Hoffman, mostram os créditos. Grande ator.

sábado, 16 de maio de 2009

Aparência do Mundo

Há dias de roda-gigante e dias de moinho. Nuns o mundo parece fascinante, acolhedor, alegre e convidativo. Noutros, parafraseando o Cartola, parece triturar nossos sonhos, dos amores herdamos só o cinismo e a cada esquina a vida cai um pouco mais. São os dias em que cavamos o próprio abismo. Nessas ocasiões às vezes o único consolo que pode haver é que sem provar o fel nunca daremos valor ao mel. E assim por diante. Não quero ficar enfileirando chavões. Vamos mudar de assunto.

Ia falar mais sobre o Cartola, mas resolvi poupar o meu tempo e o seu, de modo que se você estiver curioso sobre a origem do apelido ou que tipo de vida ele levou pra escrever músicas tão lindamente melancólicas é só clicar no link. Achei altamente instrutivo.