O Homem Invisível é uma típica demonstração do estilo "crítico-paranóico" de Dalí, segundo sua própria definição. Ele acreditava que os paranóicos-esquizofrênicos enxergavam mais que o resto de nós... crença também defendida por outros "malucos" como o escritor de horror H. P. Lovecraft (um dia vou falar dele). Eles teriam o poder de ver o "latente" no "manifesto". Então Dalí formulou um método onde ele poderia induzir conscientemente esse estado de delírio. Nessa pintura vemos uma coisa se metamorfoseando em outra, muda sua densidade, sua substância. Daí emerge uma figura tipo "trompe l´oeil", uma ilusão de ótica. A obra incentiva um embate entre consciente x inconsciente, instinto x racional. Acho que ele também quer dizer que não há nada mais abstrato que a "realidade" e vice-versa. E como o mundo exterior é parte indissociável do self. Sei lá, ultimamente tenho viajado demais.
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