Acredite naqueles que buscam a verdade. Duvide dos que já a encontraram. André Gide
quarta-feira, 9 de maio de 2007
Surrealismo - Kay Sage
Paisagens desoladas, vazios, solidão... as sensações iniciais que as obras dessa pintora norte-americana transmitem podem não agradar a muitos. Mas há também um lado onírico que denota uma mente muito livre para explorar o novo, o incomum, ignorando barreiras e convenções.
Nascida em 1.898 em Albany, segunda filha de uma próspera família burguesa, Sage levou uma vida cigana, vagando pela Europa até que, aos 26 anos, conheceu um italiano de ascendência nobre.
Os dez anos que se seguiram foram definidos por ela como um "pântano estagnado". Entediada, separou-se e mudou para Paris, onde fez amizade com vários pintores de um movimento que estava nascendo. Os surrealistas, contudo, a tratavam com certa reserva, mais por sua ligação com a nobreza do que pelo fato de ser mulher.
Em 37 conheceu seu segundo marido, Yves Tanguy. Com a Segunda Guerra, ajudou não só ele como vários outros artistas a imigrarem para os EUA. Adquiriram uma propriedade rural onde passaram o resto de suas vidas. Contudo, a morte de Tanguy em 55 afetou-a profundamente, seus escritos tornaram-se cínicos e amargos, as pinturas careciam de inspiração. Após uma tentativa mal-sucedida, cometeu suicídio em 63.
Os críticos tendem a comparar sua obra com a do marido, questionando sua originalidade e reduzindo-a à sombra de Tanguy. De fato, ambos abusavam das paisagens e formas surrealistas, mas um exame isento mostra o quanto são diferentes. Compare você mesmo e tire suas conclusões:
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2 comentários:
Lôro.
Gostei da sua escolha de hoje.
Vendo as telas de Sage me lembrei muitodas telas do "De Chirico", que eu AMO.
Ambos fizeram telas silenciosas.
A gente consegue se perder nelas.
Vou roubar algumas pra mim, tá?
Beijo e saudade.
Outra coisa.
Adorei a frase de Dom Quixote.
Sabia que é uma das minhas favoritas?
Falar nisso, você já tem uma Dulcinéa? :P
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