terça-feira, 13 de outubro de 2009

Do Além - Parte 1: O Navio Fantasma

Já escrevi vários posts "seriais", onde escolho um determinado assunto - como mitologia egípcia ou teorias conspiratórias - e faço uma decupagem, dividindo o tema em vários tópicos, um em cada post. Esta série vai abordar fenômenos inexplicáveis, e apesar do meu entusiasmo natural por essas coisas, vou tentar ser o mais cético possível. Isso significa que figuras do naipe de ET de Varginha, Mister M e imagens da Virgem Maria no misto quente passarão longe daqui. O título "Do Além" deriva de um conto do Mestre H.P. Lovecraft, o maior escritor de horror de todos os tempos, o Tolkien do mal. Mas vamos aos fatos.


Histórias de navios fantasmas sempre foram bastante populares, mas até hoje nunca tinha ouvido nenhuma que merecesse algum crédito. Foi pesquisando um tal "Livro dos Danados" que descobri o caso do Mary Celeste. Em 1872 esse navio mercante partiu de Nova York com um carregamento de álcool etílico; o destino seria Gênova, na Itália. Contudo, a tripulação formada por 7 marinheiros, mais o capitão, sua esposa e filha nunca chegaram lá. Eles simplesmente desapareceram da face da terra sem deixar vestígio algum. A embarcação Dei Gratia encontrou o Mary Celeste à deriva no meio do Oceano Atlântico. Uma abordagem preliminar eliminou a hipótese de um ataque pirata, pois tanto a carga quanto os objetos pessoais da tripulação estavam intocados. O navio tinha alguns equipamentos avariados, faltava um bote salva-vidas, mas nada que levasse a crer que tinha enfrentado uma tempestade forte o suficiente para obrigar todos os ocupantes a abandoná-lo. Não houve relatos de maremotos ou tsunamis na área onde foi encontrado. Ele havia deixado a América apenas um mês antes e havia água e suprimentos em abundância. Além disso, os marinheiros eram experientes, não havia sinal algum de violência a bordo, enfim, configurou-se um mistério insolúvel. Depois desse evento, o Mary Celeste provou ter um quê de maldito: teve 17 donos em 13 anos e acabou naufragando propositadamente na costa haitiana para seu último proprietário receber o seguro da carga. Mas a fraude foi descoberta, um final coerente com a má reputação do navio.

Há várias explicações para o ocorrido, mas como relatei acima, as mais prováveis não fazem sentido. Nunca saberemos o que houve com o capitão Briggs, sua família e os 7 marinheiros. Será que foram abduzidos? Ou penetraram numa outra dimensão do espaço-tempo? A resposta fica a seu encargo.

Um comentário:

Clarice disse...

Pena que vc não escreve mais tanto no seu blog. Fazia tempo eu eu não encontrava algo instigante para ler. Parabéns, anyway. :)