Ontem eu vi o filme Vida e Morte de Peter Sellers. Sabia que ele era meio problemático, fazia o chavão do ator temperamental, mas não tinha idéia do quanto era atormentado. Sua vocação, o atributo que o fazia tão especial, tão aclamado, ao mesmo tempo era uma característica que o impedia de achar sua própria identidade. Encarnar papéis para ele era mais um sintoma de uma desordem psicológica do que uma questão de talento. Atrás de tipos inesquecíveis como o Inspetor Clouseau dos filmes da Pantera Cor de Rosa, os 3 ou 4 hilariantes personagens de Dr. Strangelove, o analista de O que é que há, Gatinha e o jardineiro Chance Gardner de Muito Além do Jardim, havia uma figura que ao mesmo tempo em que tentava se encontrar, fugia de si mesma. Peter Sellers nunca chegou a saber quem era Peter Sellers, tudo que sabia sobre si mesmo era o que lhe diziam: que ele era um dos melhores na arte de fingir ser outra pessoa. Podia ter a mulher que quisesse, mas fazia escolhas erradas sucessivamente, seu crescente e indefinido ego não permitiu que ele enxergasse que havia feito a opção certa antes que o que restava de sua personalidade fosse varrida pela fama e fortuna. A tênue linha que separa a ilusão da realidade aos poucos foi deixando de existir, a ponto de não sabermos mais se aquele é o ator ou o personagem.A performance de Geoffrey Rush como o protagonista é impecável, não dá para entender como ele não foi sequer indicado ao oscar. O elenco de apoio também brilha com Emily Watson (a mãe de seus filhos), Charlize Theron (como Britt Ekland, uma de suas esposas), Stanley Tucci (discreto como Kubrick), John Lithgow (sempre competente, Blake Edwards) e o Querido Stephen Fry (como um vidente picareta), um de nossos talentos sem reconhecimento. Grande trilha sonora, mas faltou à direção aquele algo mais, depois do fim do filme tem-se a sensação que faltou resposta para uma pergunta; talvez não seja culpa do diretor Stephen Hopkins, afinal ninguém nunca soube quem era o verdadeiro Sellers.
Ele morreu cedo, aos 54 anos, e como sinto sua falta quando vejo caras como Martin Lawrence e Will Ferrell se tornarem comediantes célebres. E assim caminha o cinema, rumo ao buraco negro da mediocridade, complacência e auto-exaltação.
Acredite naqueles que buscam a verdade. Duvide dos que já a encontraram. André Gide
sexta-feira, 28 de julho de 2006
quarta-feira, 19 de julho de 2006
A Realidade da Mente - Parte 2 - Modelo
O Modelo da Realidade da Mente (RM) é uma moldura que contém as Ciências da Mente integradas:
- Nível parapsicológico e Metafísico
- Nível Psicológico
- Nível Físico
- Nível da Física Quântica
- Nível Psicológico
- Nível Físico
- Nível da Física Quântica
O Modelo da Realidade da Mente é o início, o recipiente e a conexão. É o estudo da essência ou natureza de tudo que existe
As Ciências da Mente são como um guarda-chuva que incluem todos os assuntos relacionados à Mente:
- Psicologia e Neurociência se interrelacionam. O aspecto metafísico da mente é o consciente e o inconsciente. O aspecto físico da mente é o cérebro, o sistema nervoso e nossos sentidos.
- Ciência Espiritual. Há uma base espiritual por trás da Psicologia. A realidade é resultado de fatores espirituais. Tudo que se relaciona à mente, também se relaciona à realidade. Como já foi dito, a mente afeta a realidade. Já foi provado que o observador participa na criação da realidade que observa. O Princípio da Incerteza de Heisenberg afirma que não há como haver medição ou avaliação sem criação.
A Ciência da Mente integra-se à Ciência do Universo. Psicologia e Física se interrelacionam. O desenvolvimento da vanguarda da Física Moderna, como Mecânica Quântica, a nova Cosmologia e a Teoria do Caos continuam a instigar a imaginação com possíveis conexões entre Física e a Psiquê.
Philip Straub "Cohabitation", 2004
"A união da física com a psicologia me parece totalmente possível". Jung
As Ciências da mente são sete. Cada uma corresponde a um Nível de Realidade
-Nível Psicológico (Psicologia, PNL, Hipnose e Filosofia)
Este nível marca o início do estudo da mente. Começamos pensando no assunto, em seu funcionamento e o porquê desse funcionamento. Já estamos filosofando. Essa é a forma como uma nova ciência é criada, o primeiro passo sempre é uma idéia. A Filosofia lida com conceitos fundamentais e gerais sobre o pensamento, ação e realidade. Pode ser considerada como a primeira matéria do estudo da mente. Quando a Ciência concentrou-se no desenvolvimento da mente, criou-se a Psicologia.
M.C. Escher "Eight Heads",1922
Psicologia é a união de dois termos: psyche e logos. Psyche é um termo grego para alma ou espírito, às vezes traduzido um pouco de modo impreciso como "mente". Logos significa conhecimento, sabedoria, estudo. Psicologia seria então o "estudo da mente". (isso aqui tá ficando óbvio demais...) Ela é a chave da Ciência da mente porque tenta compreender como a percepção governa o comportamento. Me repetindo de novo: o que pensamos afeta todo o resto.
- Nível Físico (Neurociência)
Quando a tecnologia possibilitar que examinemos o cérebro fisicamente, vamos entender o lado físico correspondente aos outros níveis. A Neurociência proporciona a compreensão do funcionamento da mente do modo neurológico e biológico. Toda atividade da mente, como pensamentos e emoções têm um correspondente neurológico e biológico resultantes dessas atividades.
- Nível da Física Quântica (Metafísica)
Neste nível estudamos a construção de toda realidade física, os fenômenos físicos do menor ponto de vista possível. Do ponto de vista quântico.
Sabe-se que as coisas são compostas de matéria e energia. E como a matéria pode ser convertida em energia e o contrário, tudo é fundamentalmente energia. O Universo é feito de pura energia.
Todas as leis da física descrevem a natureza e as características da realidade física.
Uma vez que a realidade física é produto da realidade espiritual, as leis da física seguem as leis do espírito.
Dessa forma, os princípios da metafísica são espelhados e compreendidos pelos princípios da física quântica e vice-versa.
-Nível Parapsicológico e Metafísico
O nível mais alto da mente é o psíquico e o estudo dessa área é a parapsicologia. Este é o nível onde a mente é capaz de fazer coisas que vão além dos limites das possibilidades físicas. Lida com fenômenos que parecem contradizer as leis físicas e sugere que suas explicações estejam nos processos mentais.
Metafísica é um ramo da filosofia que examina a natureza fundamental de todas as realidades, incluindo a relação entre mente e matéria, aparência e substância, forma e essência.
"Meta" significa "sobre", "além" e "atrás".
A Metafísica vai além do corpo físico e vai para o espiritual. Não são realidades separadas, apenas atuam em diferentes níveis da mesma realidade.
Para examinar a natureza da realidade física, devemos fazê-lo de um nível acima deste. Einstein disse que nunca resolveremos um problema no mesmo nível de consciência de onde foi criado.
Modelo da Realidade da Mente
M.C. Escher "Tetrahedral Planetoide", 1954
O que acontece em um determinado nível afeta todos os outros níveis. O Espírito governa o Físico. O Interior sempre define o Exterior, é um reflexo dele.
Os Quatro Níveis de Realidade formam o Modelo da Realidade da Mente. O objetivo é evitar o isolamento do estudo da mente a partir de apenas um ponto de vista para se trabalhar em todos os níveis de forma integrada, completa, holística.
M.C. Escher "Tetrahedral Planetoide", 1954
O que acontece em um determinado nível afeta todos os outros níveis. O Espírito governa o Físico. O Interior sempre define o Exterior, é um reflexo dele.
Os Quatro Níveis de Realidade formam o Modelo da Realidade da Mente. O objetivo é evitar o isolamento do estudo da mente a partir de apenas um ponto de vista para se trabalhar em todos os níveis de forma integrada, completa, holística.